"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Acabei de Ler I - Colin Cosmo e os Supernaturalistas


Ontem terminei de ler Colin Cosmo e os Supernaturalistas, (The Supernaturalist), do Eoin Colfer. Sei que é um livro infanto-juvenil, mas era exatamente disso que estava precisando, de um livro descompromissado e fácil de ler, que não me fizesse pensar muito.

No livro, escrito pelo mesmo autor da famosa série Artemis Fowl, Colin Cosmo é um sem patrocínio que vive num orfanato numa megalópole controlada por um satélite chamado Myishi 9. Quase tudo o que as pessoas utilizam é controlado por este satélite. Na condição de um sem patrocínio, Colin Cosmo (sobrenome ganho por ter sido encontrado na Colina do Cosmonauta - pelo jeito, desde a época de Charles Dickens que os orfanatos não têm muita imaginação para dar um sobrenome aos internos) é obrigado a viver no Instituto Clarissa Frayne, onde outros sem patrocínio como ele vivem num ambiente degradante, uma vez que são utilizados como cobaias em inúmeras experiências que, no fim das contas, financiam o instituto.

Bom, dá pra notar que viver num ambiente assim não é nada agradável, mas, num belo dia (nem tão belo assim, pois a poluição sempre distorce as cores do céu) Cosmo tem a oportunidade de fugir, sendo resgatado pelos Supernaturalistas. Estes, comandados por um "garoto alto" como é costumeiramente identificado pelo autor, chamado Stefan, lutas contra criaturas azuis (que Cosmo passa a ver após o acidente), que, assim acreditam, sugam a energia vitral dos seres humanos.

A partir daqui não dá mais para contar nada sem ser mais spoiller do que já fui, só posso dizer que Cosmo se junta aos Supernaturalistas (como indica o título do livro :P).

A narrativa do livro é cadente (no sentido de ritmada), apesar de algumas passagens pedirem por mais um ou dois parágrafos de descrição, para fazer com que o leitor entre no clima, entretanto, isso não compromete definitivamente a experiência que o livro proporciona, e Colin Cosmo tem uma boa dose de carisma, não é lá um Frodo Bolseiro ou um Harry Potter, mas o leitor sente o personagem, graças a boa construção realizada por Colfer.

No fim das contas é um livro que agrada e surpreende o leitor pelas constantes reviravoltas, e pelo final não muito convencional para um livro infanto-juvenil.

Eu gostei, mas não pretendo lê-lo de novo.

2 comentários:

Anonymous disse...

Não vejo muita graça no Frodo Bolseiro e muito menos no Harry Potter.

Luciano A.Santos disse...

Olá Anônimo, eu gosto muito de Frodo Bolseiro e Harry Potter, mas, como dizem, gosto não se discute.

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