"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dia do Orgulho Nerd


Hoje, 25 de maio, é o Dia do Orgulho Nerd, ou Geek Pride Day, se você preferir. Criado na Espanha em 2006, é comemorado na data em que "aniversaria" o lançamento de Star Wars: Uma Nova Esperança. O Dia é uma iniciativa que, segundo a Wikipedia, advoga o direito de toda pessoa ser nerd ou geek, e trás também um manifesto com os deveres e direitos de um autêntico nerd, que são:

Direitos
  • O direito de ser ainda mais nerd.
  • O direito de não sair de casa.
  • O direito de não ter um par romântico e de ser virgem.
  • O direito de não gostar de futebol ou de qualquer outro esporte.
  • O direito de se associar a outros nerds.
  • O direito de ter poucos (ou nenhum) amigo.
  • O direito de ter tantos amigos nerds quanto quiser.
  • O direito de não ter que estar "no estilo".
  • O direito ao sobrepeso (ou subpeso) e de ter problemas de vista.
  • O direito de expressar sua nerdice.
  • O direito de dominar o mundo.

Deveres

  • Ser nerd, não importa o quê.
  • Tentar ser mais nerd do que qualquer um.
  • Se há uma discussão sobre um assunto nerd, você tem que dar sua opinião.
  • Guardar todo e qualquer objeto nerd que você tenha.
  • Fazer todo o possível para exibir seus objetos nerds como se fosse um "museu da nerdice".
  • Não ser um nerd genérico. Você tem que ser especialista em algo.
  • Assistir a qualquer filme nerd na noite de estréia e comprar qualquer livro nerd antes de todo mundo.
  • Esperar na fila em toda noite de estréia. Se puder ir fantasiado, ou pelo menos com uma camisa relacionada ao tema, melhor ainda.
  • Não perder seu tempo em nada que não seja relacionado à nerdice.
  • Tentar dominar o mundo!

Sempre fui nerd. No meu tempo - tenho só 23 anos, mas, como as coisas hoje em dia evoluem numa velocidade intrigante, sou bastante velho em alguns aspectos, ainda mais se se levar em conta que sou do tempo em que pesquisa era feita na Barsa e computador só existia na prefeitura - ser nerd não era nada tão, como posso dizer, glorioso. Se você era nerd queria dizer que você era magrelo, tímido, chato pra cacete, inteligente e impertinente nas aulas, e com um - único - amigo descolado que olhava de cara feia para qualquer um que tentasse te intimidar quando você pedia à professora mais matéria para casa, e que jogava por você e por ele nas aulas de Educação Física.

No meu tempo, não existia internet, e essa afirmação é catastrófica. Muita gente não consegue se lembrar do tempo em que não existiam os blogs, o Facebook, o Twitter ou os servidores P2P. E muita gente prefere esquecer os tempos onde não tinham à disposição uma rede mundial onde podem se manifestar, abertamente, para a veneração - ainda que invejosa - de outros nerds. Os nerds, e creio que o melhor seria ter escrito "nós", fizeram da internet um território todo seu, um espaço seguro onde se proclamaram geeks - aqui me excluo - e puderam dominar o mundo, nem que apenas o informacional.

É uma revolução? Não sei. Tem muita coisa ruim envolvida, os geeks tendem a desprezar os novatos, temem a proliferação do Twitter entre os usuários do Orkut, e só ouvem quem possui um nível determinado de relevância na meritocracia informacional da internet, por mais ridícula que essa sentença possa parecer - e talvez seja. Fazem com os novatos, ou com os sem importância nesta meritocracia aquilo que os "descolados" faziam com eles na escola. É uma repetição ridícula e digna de pena. Muitas vozes da verdade que circulam na Internet poderiam ser caladas com umas gotas de Atroveran. Falar para chocar é a alternativa dos fracos e psicologicamente combalidos. Assim como quem os ouve.

É dificil separar o trigo do joio, mas talvez seja necessário.

Feliz dia do orgulho nerd, aos nerds de antigamente.

Foto

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A incrível arte de se comprar um livro, ou quase

Semana retrasada vi um teste no Esterança que prometia indicar qual livro a pessoa era. Fiz o teste, como contei aqui, e o resultado dizia que eu era A Paixão Segundo GH, de Clarice Lispector. Nunca li "A Paixão", fiquei curioso em conhecer um livro que me é, ou que eu sou, ou raios que o sejam, ainda mais porque, no resultado do teste, minha personalidade foi descrita quase que com exatidão.




Na primeira oportunidade de ir a uma livraria, leia-se "na primeira vez que fui a Presidente Prudente", aproveitei para comprar um exemplar, ou melhor, tentar. Como bom leitor preferi procurar o livro sozinho, dispensando a atendente. Gosto de perambular pelas prateleiras, às vezes você até encontra algo interessante que nem sabia que existia, e é uma forma saudável de gastar o tempo até dar o horário do ônibus. Pois bem, de Clarice Lispector só encontrei um exemplar surrado, com as páginas amarelecidas de A Hora da Estrela. Nada mais.

Com o tempo esgotando chamei a atendente e lhe perguntei se não tinham um exemplar de "A Paixão", ela fez cara de pensativa, como se estivesse buscando no fundo da alma não se tinham o livro, mas se conhecia o livro, até que respondeu, com uma expressão mortificada, que não. Perguntei então se não tinham alguma coisa da Clarice Lispector, ela me olhou, parou, pensou, e disse não. Nem A Hora da Estrela, eu perguntei, e ela, mais uma vez, disse não. Mas, apressou-se em dizer, temos o Lua Nova, da Stephenie Meyer.


Gota d'água.

Talvez ela tenha achado que era um substituto à altura, talvez tenha apenas pensado em fazer a venda de um livro que tem um hype gigantesco, e ocupa, sozinho, toda uma prateleira por aqui. Não sei.


Sempre tive a convicção, e o episódio só a fez aumentar, de que quem trabalha em livraria obrigatoriamente tem que gostar de livros, de ler, e conhecê-los. Ao menos por aqui os donos de livraria utilizam um critério estranho para admissão de estagiários: eles têm de estar cursando o curso de letras. Como se cursar letras fizesse do cara um amante da leitura, e, pior, fosse um atestado inegável disso.

Não estou julgando a qualidade de Lua Nova, ainda não li nehum livro da série - mas pretendo fazê-lo - só estou dizendo que foi uma sugestão inusitada frente ao livro que estava procurando. Como diria minha professora de cultura brasileira, a alienação cultural só tem aumentado com a globalização, e tende a piorar.

Mas não desisti de A Paixão Segundo GH. Ainda terei a oportunidade de ler o livro que me é, ou que eu sou ou sejá lá o que ele for.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Meme "Esse blog me faz sorrir"



Recebi este meme do James, do Minha Literatura Agora, e as instruções são as seguintes:

- Listar 7 coisas que te fazem sorrir;
- Indicar o selo para blogs que te fazem sorrir;
- Informar aos blogs indicados que eles te fazem sorrir.

Então vamos lá:

7 coisas que me faz sorrir - não necessariamente nesta ordem:


- Meu primo de 2 anos e pouco e sua inteligência (ou seria malevolência) absurda;

- Meus amigos;

- Chegar ao final de um bom livro;

- Um fim de semana com minha família;

- Assistir ao CQC ou ao Toma Lá Da Cá;

- Uma boa surpresa;

- Escrever por aqui.


Indico para, apesar de não saber se já receberam de outro blog, Encantaventos, Um Pouco de Mim, Luz de Luma e Cristiane Marino. E muito obrigado James.

Meme "Esse blog me faz sorrir"



Recebi este meme do James, do Minha Literatura Agora, e as instruções são as seguintes:

- Listar 7 coisas que te fazem sorrir;
- Indicar o selo para blogs que te fazem sorrir;
- Informar aos blogs indicados que eles te fazem sorrir.

Então vamos lá:

7 coisas que me faz sorrir - não necessariamente nesta ordem:


- Meu primo de 2 anos e pouco e sua inteligência (ou seria malevolência) absurda;

- Meus amigos;

- Chegar ao final de um bom livro;

- Um fim de semana com minha família;

- Assistir ao CQC ou ao Toma Lá Da Cá;

- Uma boa surpresa;

- Escrever por aqui.


Indico para, apesar de não saber se já receberam de outro blog, Encantaventos, Um Pouco de Mim, Luz de Luma e Cristiane Marino. E muito obrigado James.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pipoquinha - Esse muleque é foda!

Ontem, no Domingão do Faustão, anunciaram que o Caçulinha tinha descoberto um moleque do Ceará que se chamava Pipoquinha e que tocava igual gente grande. Nada contra, mas uma atração vinda do Ceará, trazida pelo Caçulinha e com o nome de Pipoquinha só podia tocar forró. Quando o moleque começou a tocar tomei um tapa na cara igual ao que os britânicos tomaram no caso Susan Boyle. Não estou comparando talentos - e nem dá, são estilos diferentes, ela canta, ele é instrumentista. Mas que ele toca MUITO, ah isso toca!

E quem tiver alguma coisa a dizer em contrário é só pegar um baixo e ficar à vontade.

sábado, 16 de maio de 2009

9 fatos de uma semana corrida

1. Finalmente encontrei, depois de muito ler, um tema para o meu TCC;

2. Fui a uma livraria comprar A Paixão Segundo GH, da Clarice Lispector, mas não tinha. A vendedora me ofereceu um livro da série da Stephenie Meyer, não me lembro qual. Será que ela imaginou que era uma alternativa à altura do que eu estava pedindo? (Vou postar sobre o caso esta semana);

3. A gripe - que o médico disse que era stress - piorou, e juntaram-se a ela uma crise de rinite e bronquite;

4. Comprei um livro do Ken Follet no Submarino: Mundo Sem Fim. Nunca li nada dele, portanto não sei o que esperar. Só posso dizer uma coisa: é grande;

5. Tive a comprovação de que o que diferencia o remédio do veneno é a dosagem;

6. Recebi o livro da blogagem coletiva O Meu Monteiro Lobato, proposta pela Vanessa, do Fio de Ariadne, em parceria com a Zahar. Estou ansioso para lê-lo (Barbies, Bambolês e Bolas de Bilhar);

7. Descobri que a Rolling Stone não chega mais a Presidente Prudente através das bancas;

8. Mudei o template do blog em menos de uma semana. Mas tive um bom motivo para isso: o antigo estava dando problemas na hora de carregar, e este, teoricamente, é mais leve, apesar de mais elaborado;

9. Completei meu primeiro ano órfão de pai.

domingo, 10 de maio de 2009

Um dia das mães

A Vanessa, do blog Fio de Ariadne, propôs uma blogagem coletiva para homenagear "àquela que deu início à confusão": nossas mães, claro.

Acho justo contar como começou o dia das mães da minha mãe, a Maria de Fátima, ou Teca, como todos a conhecem, e creio que este está passando longe de ser um dia das mães perfeito.

Tudo começou pouco mais da meia noite, quando senti que a gripe que tive semana passada, e que me parecia curada, estava voltando com força total. Com o peito pesado (quem tem bronquite asmática sabe bem do que estou falando) fui deitar bem mais cedo que de costume para um sábado, bem agasalhado e com a esperança de que estaria bem hoje de manhã.

Mas que nada. Lá pelas três da madrugada acordei assustado, com a cabeça doendo muito e o peito pesado ainda mais pesado. No mesmo instante tive uma certeza: era falta de ar. Acordei meu irmão que acordou minha mãe, então se iniciou a rotina de quem tem filho com bronquite: procurar atendimento médico o mais rápido possível, fazendo massagem nas costas dele para que respire melhor.

Morar numa cidade de interior com menos de 3 mil habitantes tem suas (algumas vezes muitas) desvantagens, como a falta de pronto socorro. O mais próximo fica a 60 km, em Presidente Prudente. Minha mãe quis ligar para chamar uma ambulância, insisti que não estava tão ruim assim, bastava tomar a medicação na farmácia que ia melhorar. Ela, claro, relutou, mas dei o melhor sorriso que pude e ficou decidido: iríamos à farmácia. E não, a farmácia daqui não fica plantão, o jeito é se esguelar embaixo da janela do farmacêutico, mas isso não é um problema, mãe faz de tudo para ajudar um filho.

Depois de tomar duas injeções fomos pra casa - no carro do farmacêutico (esta é uma vantagem de se morar em cidade pequena), adormeci rápido e acordei quase agora um pouco melhor.

Queria postar alguma coisa mais elaborada, mas me faltam forças, terminando aqui vou me deitar. Só lerei o post dos outros participantes amanhã, então até lá. Ah, a Vanessa publicou um excelente post que fala sobre o que é ser mãe aqui, não deixe de ler. E aqui você vê os links para os outros participantes.

E não, uma "mera" crise asmática não é - nem foi - desculpa para deixar minha mãe sem um bom beijo e abraço logo pela manhã, e ela também faz questão, mesmo correndo o risco de pegar gripe :P

Um beijo D. Teca. Que dia das mães estranho hein? Obrigado por tudo, abraços.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Que livro você é?

Vi esse teste no blog da Ester, o Esterança, e fiquei curioso. É um teste rápido e simples, basta ir clicando nas opções de resposta e esperar a página carregar com a nova pergunta. Se você ignorar o fato de que uma das respostas de uma questão pode te levar a afirmar que "Você vive bem no hoje, mas tem um pézinho no tempo em que as mulheres usavam espartilho e eram cortejadas" tudo fica ainda mais simples.

Gostei do meu resultado, ao menos ele chegou bem perto de me descrever com exatidão. Segundo o teste se eu fosse um livro eu seria A Paixão Segundo GH, de Clarice Lispector, pois,




Você [no caso, eu] é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender. Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.


Clique aqui caso queira fazer o teste.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ganhamos um selo!!

Selo é uma coisa comum na blogosfera. Uns são oferecidos a quem participa de algum evento, como um blogagem coletiva por exemplo, outros são indicados àqueles blogs com os quais nos identificamos e/ou com os quais o selo se identifica.

Existem zilhares de selos por aí, o Gule não tinha nenhum, mas o Marcelo do Abrazar la Vida veio mudar este quadro :P indicando ao Gule Anda o selo Este Blog é Inteligente. É como dizem, o primeiro selo a gente nunca esquece, então ficam aqui registrados nossos sinceros agradecimentos ao Marcelo.



Tomo a liberdade de indicá-lo, alfabeticamente, para: Blog do Catarino, Esterança e Fio de Ariadne.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Novo template

Não estava lá muito satisfeito com o antigo template aqui do blog, depois de muito procurar encontrei este, o Newspaper, do site Our Blog Templates. Alguns dos motivos que me levaram a gostar dele foi o um espaço maior para os posts e o visual clean, sem nenhuma poluição a lá MySpace.

Em contrapartida tive que reinstalar o Intense Debate, os widgets, e alguns reparos ainda deverão ser feitos. A lista de blogs, por exemplo, vou refazê-la amanhã, além de incluir algo que sempre quis, abas (alguém aí lembrou de Sempre Livre?). E então, será que ficou bom?

Ah, e fui ao médico hoje, dor nas costas, na cabeça, no pescoço, corpo dolorido, pensei ser gripe, mas o médico disse que é stress. Me assustei, tenho só 23 anos e já é a segunda vez que isso acontece, mas devo adimitir que faz sentido: estou meio sufocado no trabalho e me sinto pressionado por ainda não ter tema para a monografia que tenho que entregar - e defender - no fim do ano. Ao menos minhas férias vencem este mês, não sei se vão me dar agora, mas não custa nada tentar.

Acho que é só.

Abraços.