"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Invictus

Pelo que me lembro dos livros didáticos dos tempos de colegial, a coisa toda na África do Sul foi bem tranqüila: o apartheid caiu, Mandela chegou ao poder, e todo mundo ficou feliz com isso.

Invictus, de Clint Eastwood, mostra que não foi bem o que aconteceu. Apesar da eleição histórica de um negro para a presidência do país, todo o rancor, desconfiança e animosidade geradas em quase 50 anos de segregação racial não desapareceram com um passe de mágica; pelo contrário, surgiu no ar um sentimento de vingança que, então, poderia ser levada a cabo.

Para unir o país – e ficar sob os holofotes, que de besta Mandela não tem nada – o presidente, interpretado por Morgan Freeman, decide dar apoio à equipe sul-africana de rúgbi, esporte preferido da minoria branca, durante a copa do mundo a ser realizada no país. Um fato interessante, e quase lógico, é que os negros, até então, sempre torciam para o time adversário, independentemente de quem fosse, tudo para ver humilhados, nem que apenas em campo, os jogadores do time. Mandela propõe-se a mudar isso, e convida François Pienaar (Matt Damon), o capitão da equipe, para um chá. O encontro motiva François, e Mandela faz tudo o que lhe é possível para romper a barreira entre as raças, afim que o time nacional de rúgbi seja, finalmente, o time de toda uma nação.