"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

sábado, 29 de agosto de 2009

Mais que mil palavras

  Com toda a certeza você já deve ter ouvido este ditado: “Uma imagem vale mais que mil palavras”. E muitas vezes valem mesmo.


O site da revista The New Yorker tem um blog chamado The Book Bench, que publica artigos sobre livros e vida literária. Dentre os ótimos artigos publicados, destaco agora aqueles que “carregam” o marcador 1,000 Words, que, como o próprio nome já diz, remetem ao famoso ditado popular.


Abaixo as que achei mais interessantes.


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Via The Book Bench | The New Yorker

Livros mais vendidos – The NY Times 29/08

Foi publicada hoje as listas dos livros mais vendidos referente referente às vendas na semana. As listas se mantém quase as mesmas da anterior, com pequenas mudanças, como um novo nº 1 em Ficção Paperback Mass-Market Fiction, e o retorno ao topo da lista de Auto-Ajuda do bestseller What to Expect When You’re Expecting, de Heidi Murkoff e Sharon Mazel, há 425 semanas na lista.

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Posição. Título - Autor [Posição na semana anterior]

 

Top 10 – Ficção (Paperback Trade Fiction)

  1. The Time Traveler’s Wife – Audrey Niffenegger [ 1 ]
  2. The Shack – William P. Young [ 2 ]
  3. The Girl With the Dragon Tatoo – Stieg Larsson [ 3 ]
  4. The Guernsey Literary and Potato Pell Pie Society – Mary Ann Barrows [ 6 ]
  5. The Weight of Silence – Heather Gudenkauf [ 4 ]
  6. The Art of Racing in the Rain – Garth Stein [ 5 ]
  7. The Lucky One – Nicholas Sparks [ 8 ]
  8. Olive Kitteridge – Elizabeth Strout [ 7 ]
  9. Pride and Prejudice and Zombies – Jane Austen and Seth Grahame-Smith [ 9 ]
  10. The Lovely Bones – Alice Sebold

Top 10 – Ficção (Paperback Mass-Market Fiction)

  1. The Brass Verdict – Michael Connelly [ Novo ]
  2. The Quickie – James Patterson e Michael Ledwige [ 1 ]
  3. Dead Until Dark – Charlaine Harris [ 3 ]
  4. Dean Koontz’s Frankenstein: Dead and Alive – Dean Koontz [ 2 ]
  5. From Dead To Worse – Charlaine Harris [ 5 ]
  6. Smoke Screen – Sandra Brown [ 4 ]
  7. Club Dead – Charlaine Harris [ 8 ]
  8. My Sister’s Keeper – Jodi Picoult [ 7 ]
  9. The Boddies Left Behind – Jeffery Deaver [ Novo ]
  10. Dead to the World – Charlaine Harris

Top 10 Não-ficção (Paperback Nonfiction)

  1. My Life in France – Julia Child e Alex Prud’homme [ 3 ]
  2. Glenn Beck’s ‘Common Sense’ – Glenn Beck [ 1 ]
  3. Julie & Julia – Julie Powell [ 2 ]
  4. Three Cups of Tea – Greg Mortenson [ 4 ]
  5. The Family – Jeff Sharlet [ 5 ]
  6. I Hope They Serve Beer in Hell – Tucker Max [ 6 ]
  7. Blink – Malcolm Gladwell [ 9 ]
  8. The Tipping Point – Malcolm Gladwell [ 7 ]
  9. When You Are Engulfes in Flames – David Sedaris [ 8 ]
  10. Eat, Pray, Love – Elizabeth Gilbert

Top 10 – Auto-ajuda (Paperback Advice)

  1. What to Expect When You’re Expecting – Heidi Murkoff e Sharon Mazel [ 2 ] (425 semanas na lista)
  2. The Five Love Languages – Gary Chapman [ 3 ]
  3. Diners, Drive-ins ans Dives – Gary Chapman
  4. The Love Dare – Stephen e Alex Kendrick [ 4 ]
  5. Julia’s Kitchen Wisdom – Julia Child [ 1 ]
  6. Hungry Girl 200 Under 200 – Lisa Lillien [ 5 ]
  7. Skinny Bitch – Rory Freedman e Kim Barnouin [ 6 ]
  8. Become a Better You – Joel Osteen [ 7 ]
  9. Cook Yourself Thin – Staff of Lifetime TV [ 8 ]
  10. America’s Most Wanted Recipes – Ron Douglas [ 10 ]

Fonte: The New York Times Best Sellers – 29/08/2009

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As diferenças entre os livros Trade e Mass-market (mercado de massa, numa tradução livre)não são claras para a maioria das pessoas. Neste artigo, tenta-se lançar luz à discussão. Segundo ele, a diferença entre as versões estão no publico alvo: a versão trade tem dimensões maiores, melhor acabamento e preço mais salgado que a versão mass-market. Simples assim.

Livros mais vendidos – USA Today 23/08

Com quase uma semana de atraso, publico hoje o Top 10 da lista dos mais vendidos do jornal americano USA Today. Como se vê, Stephenie Meyer dominou a lista com sua série Crepúsculo – da qual ainda não li nenhum volume – com 4 livros entre os 10 mais vendidos.

 

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Posição. Título - Autor [Posição na semana anterior]

 

  1. The Time Traveler’s Wife – Audrey Niffeneger [ 1 ]
  2. Eclipse (Eclipse)– Stephenie Meyer [ 3 ]
  3. New Moon (Lua Nova)– Stephenie Meyer [ 4 ]
  4. South of Broad – Pat Conroy [ 2 ]
  5. Breaking Down (Amanhecer) – Stephenie Meyer [ Novo ]
  6. Twilight (Crepúsculo)– Stephenie Meyer [ 6 ]
  7. The Shack – William P. Young [ 8 ]
  8. Glenn Beck’s Common Sense – Glenn Beck [ 7 ]
  9. Lucky One – Nicholas Sparks [ 14 ]
  10. The Girl with the Dragon Tattoo – Stieg Larsson [ 10 ]

Fonte: USA Today Top 150 Books – 23/08/2009

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A lista "Best-Selling Books" do USA Today é publicada toda quinta-feira, na versão impressa (TOP 50) e na versão online (TOP 150), com base em dados coletados em cerca de 7.000 pontos de venda que integram o mercado editorial norte-americano: livrarias, livrarias independentes, atacadistas e varejistas online. Para a contabilização não há diferenciação de versões das obras - capa-dura, edições especiais, etc - nem de gêneros, assim livros de ficção, não ficção, infantis e auto-ajuda integram o mesmo ranking [Fonte].

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Livros mais vendidos – Veja 02/09

Lista desta semana dos livros mais vendidos segundo apuração da mais importante revista semanal do país.

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Ficção

  1. A Cabana – William Young [ 1 ]
  2. Amanhecer – Stephenie Meyer [ 2 ]
  3. Lua Nova – Stephenie Meyer [ 3 ]
  4. Eclipse – Stephenie Meyer [ 4 ]
  5. Crepúsculo – Stephenie Meyer [ 5 ]
  6. O Vendedor de Sonhos – Augusto Cury [ 6 ]
  7. O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos – Augusto Cury [ 7 ]
  8. O Caçador de Pipas – Khaled Hosseini [ Re ]
  9. A Cidade do Sol – Khaled Hosseini [ 9 ]
  10. O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry [ Re ]

Não-Ficção

  1. Mentes Perigosas – Ana Beatriz Barbosa Silva [ 2 ]
  2. Comer, Rezar, Amar – Elizaneth Gilbert [ 1 ]
  3. O Clube do Filme – David Gilmour [ 3 ]
  4. Uma Breve História do Mundo – Geoffrey Blainey [ 4 ]
  5. O Andar do Bêbado – Leonard Mlodinow [ 5 ]
  6. Beber, Jogar, F.#er – Andrew Gottlieb [ 8 ]
  7. 1808 – Laurentino Gomes [ 6 ]
  8. Uma Breve História do Século XX Geoffrey Blainey [ 7 ]
  9. Revolução na Cozinha – Jamie Oliver [ 9 ]
  10. Marley & Eu – John Grogan [ 10 ]

Autoajuda e esoterismo

  1. Cartas entre Amigos – Fábio de Melo e Gabriel Chalita [ 1 ]
  2. Quem Roubou de Mim? – Fábio de Melo [ 2 ]
  3. O Código da Inteligência – Augusto Cury [ 4 ]
  4. O Monge e o Executivo – James Hunter [ 3 ]
  5. Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas? – Sherry Argov [ 5 ]
  6. Nunca Desista de Seus Sonhos – Augusto Cury [ 8 ]
  7. Confidencial – Constanza Pascolato [ 10 ]
  8. Encontre Deus na Cabana – Randal Rauser
  9. A Volta – Andrea Lenninger, Bruce Leininger e Ken Gross [ 6 ]
  10. Casais Inteligentes Enriquecem Juntos – Gustavo Cerbasi

Legenda: Posição. Título - Autor [Posição na semana anterior]

Fonte: Veja – Os Mais Vendidos 30/08/2009

Livros mais vendidos – Publisher’s Weekly 31/08

Lista dos livros mais vendidos - mass market paper - da publicação especializada americana.

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Top 10 - Bestsellers of Mass Market Paper

  1. The Brass Veredict – Michael Connely [ Novo ]
  2. The Quickie – James Patterson e Michael Ledwige [ 1 ]
  3. Dean Koontz’s Frankenstein: Dead and Alive – Dean Koontz [ 2 ]
  4. My Life in France – Julia Child [ 7 ]
  5. From Dead to Worse – Charlaine Harris [ 4 ]
  6. Dead Until Dark - Charlaine Harris [ 3 ]
  7. Club Dead - Charlaine Harris [ 5 ]
  8. Smoke Screen – Sandra Brown [ 6 ]
  9. The Bodies Left Behind – Jeffery Deaver [ Novo ]
  10. My Sister’s Keeper – Jodi Picoult [ 9 ]

Legenda: Posição. Título - Autor [Posição na semana anterior]

Fonte: Publisher’s Weekly Best Seller’s

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Os jornais estão morrendo?

Muito se tem discutido acerca do futuro da mídia impressa com a rápida disseminação do acesso à internet, e consequentemente, a uma facilidade e rapidez exponencialmente maiores do acesso à informação grátis. Destaco o grátis pois, na internet, tudo o que é pago não tem graça ou não chamará tanta atenção - fator crucial num mercado atulhado de oferta de conteúdo, e onde se sobressair em meio a horda é fundamental para sobreviver.

Porém a batalha pelo usuário da informação não se limita ao ringue virtual. Há muito os sites de notícias competem por usuários com a mídia impressa, fato que ganhou proporções inimagináveis com a ascensão dos blogs dedicados à informação e o advento de fontes confiáveis, como o The Huffington Post
. Desde então se questiona se a mídia impressa - e principalmente os jornais, considerados por muitos como uma mídia morta - sobreviverá à esta revolução no acesso à informação.



No artigo The Daily Show publicado no Sunday Book Review do The New York Times na semana passada, Sir Harold Evans - editor do The Sunday Times of London de 1967 a 1981 e do The Times of London em 1981 e 82 - faz um review do livro Losing the News - The Future of the News That Feeds Democracy, de Alex Jones, que trata justamente do futuro dos jornais neste cenário - o da revolução da informação - e como podem reagir frente a um panorama nada animador.

Segundo Sir Evans, no livro de Jones, ele "destrói a noção de que notícias são definidas pela hora do dia (ou pela hora que acontecem" e diz que "o elemento mais importante no jornalismo [...] é a criação de uma nova consciência, proporcionada por meses de investigação, ou de uma implacável cobertura regular". Assim, a notícia nos jornais teriam de ser mais que apenas título e cabeçalho, como geralmente o são na internet, com pouca ou nenhuma profundidade; e teriam de ser embasadas por ampla e bem elaborada pesquisa.

E Jones continua ponderando, dizendo que "esse é o tipo de notícia que podemos perder. E justamente estas são as notícias que a geração da internet já abandonou". Atualmente, os usuários da informação prezam por rapidez e agilidade, não se importando, ou ao menos não se dando conta, do preço que poderá ter que arcar com notícias muitas vezes superficiais. Apesar de tudo, Jones ainda vê o jornal impresso vivo, como "o coração que pulsa nas comunidades, um meio quente e confortável, capaz de comandar uma audiência sustentável, assim como os livros têm feito, e no geral um produto de uma tecnologia subvalorizada, que é portátil, reciclável, de fácil leitura e barata" e também principal fonte de "comentaristas de rádio e tv, colunistas, escritores políticos e blogueiros" estimando que "85% das notícias baseadas em fatos provém de um jornal atento em pesquisar, gravar, explicar e investigar."

De acordo com Evans, "Jones pode ter algo de romântico, mas não é um reacionário." e sabe que o futuro é digital, um meio muito mais abrangente em sua inovação, além de ser o veículo escolhido pelo público mais jovem. Porém os sites não deverão se tornar um Atlas, pois segundo Jones "a cultura do jornalismo da web não suporta notícias detalhadas ou o jornalismo investigativo [...] Um artigo na internet com mais de 150 palavras é geralmente considerado muito longo e improvável de ser lido." Por outro lado, "como podemos esperar nos manter informados se teremos que nos contentar com todas as notícias que irão caber na tela de um celular?", ele questiona.

Jones duvida que empresas jornalísticas sem fins lucrativos podem preencher a brecha, e questiona a idéia de que os jornais possam obter receitas suficientes através dos sites. "Um híbrido de sucesso" ele argumenta "não pode ser criado a partir de duas culturas tão distintas. É como pedir para Sinatra cantar Blue Suede Shoes". No fim, ele fixa suas esperanças no desenvolvimento em separado de conteúdo on-line, com os donos dos grandes jornais baixando suas margens de lucro histórico e renunciando à estratégia de derrubar e queimar. Para Evans, ele tem razão: "destruir o valor editorial de um produto editorial é uma sandice." Sendo assim, formatar um conteúdo originalmente "de jornal" para que fique mais agradável a um leitor on-line seria a pior forma de se adequar à questão, pois o jornal perderia aquilo que talvez seja sua principal marca: sua qualidade editorial.


Evans conclui dizendo que "o que eu mais questiono é seu veredito [de Jones] acerca da realidade do potencial da web. Ela pode lidar muito bem com mais de 150 palavras, e os links podem abrir um panorama mundial de fontes multimídia. Eu amo os jornais, mas no final o que realmente importa é que não se estará salvando os jornais, como diz o próprio Jones, mas salvado a própria notícia."


Via NY Times.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Livros mais vendidos – The NY Times 21/08

 

No post anterior, falei sobre o que penso sobre os rankings, como são formados e de que forma podem influenciar o mercado. Também confessei meu interesse neles, sempre procuro acompanhá-los para ter uma noção de como está se comportando o mercado. Hoje publico a lista de mais vendidos do NY Times de 21 de agosto. Alguns deles devem chegar em breve às prateleiras das livrarias do Brasil.

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Posição. Título - Autor [Posição na semana anterior]

 

Top 10 – Ficção (Paperback Trade Fiction)

    1. The Time Traveler’s Wife – Audrey Niffenegger
    2. The Shack – William P. Young
    3. The Girl With the Dragon Tatoo – Stieg Larsson
    4. The Weight of Silence – Heather Gudenkauf
    5. The Art of Racing in the Rain – Garth Stein
    6. The Guernsey Literary and Potato Pell Pie Society – Mary Ann Barrows and Annie Barrows
    7. Olive Kitteridge – Elizabeth Strout
    8. The Lucky One – Nicholas Sparks
    9. Pride and Prejudice and Zombies – Jane Austen and Seth Grahame-Smith
    10. The Hour I First Believed – Wally Lamb

Top 10 – Ficção (Paperback Mass-Market Fiction)

  1. The Quickie – James Patterson e Michael Ledwige
  2. Dean Koontz’s Frankenstein: Dead and Alive – Dean Koontz
  3. Dead Until Dark – Charlaine Harris
  4. Smoke Screen – Sandra Brown
  5. From Dead To Worse – Charlaine Harris
  6. Chosen To Die – Lisa Jackson
  7. My Sister’s Keeper – Jodi Picoult
  8. Club Dead – Charlaine Harris
  9. The Assassin – Stephen Coonts
  10. Living Dead in Dallas – Charlaine Harris

Destaque para Charlaine Harris, escritora dos livros que deram origem à série True Blood, que além de emplacar 4 títulos no Top 10 ainda conseguiu mais 4 títulos no Top 30.

 

Top 10 Não-ficção (Paperback Nonfiction)

  1. Glenn Beck’s ‘Common Sense’ – Glenn Beck
  2. Julie & Julia – Julie Powell
  3. My Life in France – Julia Child e Alex Prud’homme
  4. Three Cups of Tea – Greg Mortenson
  5. The Family – Jeff Sharlet
  6. I Hope They Serve Beer in Hell – Tucker Max
  7. The Tipping Point – Malcolm Gladwell
  8. When You Are Engulfes in Flames – David Sedaris
  9. Blink – Malcolm Gladwell
  10. My Horizontal Life – Chelsea Handler

Top 10 – Auto-ajuda (Paperback Advice)

  1. Julia’s Kitchen Wisdom – Julia Child
  2. What to Expect When You’re Expecting – Heidi Murkoff e Sharon Mazel (424 semanas na lista)
  3. The Five Love Languages – Gary Chapman
  4. The Love Dare – Stephen e Alex Kendrick
  5. Hungry Girl 200 Under 200 – Lisa Lillien
  6. Skinny Bitch – Rory Freedman e Kim Barnouin
  7. Become a Better You – Joel Osteen
  8. Cook Yourself Thin – Staff of Lifetime TV
  9. The Power of Now – Eckhart Tolle
  10. America’s Most Wanted Recipes – Ron Douglas

Fonte: The New York Times Best Sellers – 21/08/2009

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As diferenças entre os livros Trade e Mass-market (mercado de massa, numa tradução livre)não são claras para a maioria das pessoas. Neste artigo, tenta-se lançar luz à discussão. Segundo ele, a diferença entre as versões estão no publico alvo: a versão trade tem dimensões maiores, melhor acabamento e preço mais salgado que a versão mass-market. Simples assim.

sábado, 22 de agosto de 2009

Você confia nos mais vendidos?

Hoje em dia existem rankings para tudo: dos mais influentes no Twitter, dos blogs mais linkados, das melhores coisas/lugares, dos mais vistos, tocados e ouvidos, dos mais vendidos, e etc.


Eu não confio muito em listas por que nunca se pode saber até onde influências externas e interesses podem molda-las, e, como toda metodologia tem sua falha, desvios podem existir. Ademais, um bom posicionamento em listas como a de mais vendidos, por exemplo, não são um atestado de qualidade. Há alguns anos atrás, o livro da ex-garota de programa Bruna Surfistinha permaneceu por mais tempo na lista dos mais vendidos da revista Veja que o livro do ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso. São livros díspares e quase incomparáveis, mas permitem avaliar que nem sempre uma boa colocação num ranking é prova de boa qualidade literária. O fato de um livro estar bem posicionado num ranking não necessariamente quer dizer que seja melhor do que os que ocupam uma colocação mais baixa no mesmo.


TOPS


Mas até que ponto uma boa posição num ranking influencia um comprador? Levando-se em conta a óbvia publicidade que um título recebe quando entra num ranking de um grande veículo de comunicação, pode-se dizer que muito. As pessoas tendem a levar em conta em medida muito maior uma boa posição num ranking que um review favorável de um crítico especializado. A dupla Supla e João Suplicy, os Brothers of Brazil, acabaram de lançar um trabalho muito bem aceito pela crítica, mas as pessoas – principalmente os adolescentes de plástico – vão continuar comprando Cine e NX Zero.


No entanto, estas listas não são criadas – no caso de listas sobre “os mais vendidos” – para verificar ou atestar a qualidade de um determinado produto, mas sim para mapear o interesse do público alvo e mensurar o impacto dos lançamentos no mercado, além de se tornarem, para os publishers – editoras, gravadoras e afins – um excelente mapa para melhor alocarem seus investimentos conforme as áreas de maior interesse do público consumidor.


Para isso, as listas seguem uma metodologia complexa, que abrangem as diversas camadas de cada mercado. O NY Times, jornal mais influente do mundo, baseia suas listas de livros mais vendidos em pesquisas feitas em um universo de, segundo o próprio jornal, “milhares de locais onde uma grande variedade de livros de interesse geral são vendidos por todo o país. Estes incluem centenas de livrarias independentes (estatisticamente ponderados para representar todos os estabelecimentos deste tipo); cadeias nacionais, regionais e locais; varejistas online e entretenimento multimídia; universidade, supermercados, lojas de departamento e bancas de jornal”.


O concorrente USA Today diz que “a cada semana recolhemos dados de cerca de 7000 postos de venda que representam uma grande amostra do mercado: cadeias de livrarias, livrarias independentes, atacadistas e varejistas online”, e que, “de posse desses dados, podemos determinar os títulos mais vendidos”. Destes, os 50 mais vendidos integram a lista publicada na versão impressa do jornal, e os 150 a lista publicada pela versão on line. Vale ressaltar que para a formação do ranking do USA Today não há diferenciação de versões das obras, assim capa-dura e edições especiais de determinado título são somadas às vendas da versão original; e o ranking é o mesmo para os diferentes gêneros de literatura, como ficção, não ficção e auto-ajuda.


A Billboard, que publica rankings ligados ao mercado fonográfico, vai mais longe, e toma por base as vendagens de mais de 14 mil estabelecimentos dos EUA e Canadá e exige que tenham acesso à internet e sistema de controle de estoques, além de utilizarem recursos ainda mais avançados para mensurar as exibições em rádios, como sistemas semelhantes aos que buscavam submarinos durante a Segunda Guerra Mundial.


No Brasil, as revistas Veja e Época publicam rankings semanais segmentados por gênero (ficção, não-ficção e auto-ajuda e esoterismo) baseado nas vendas em livrarias das principais cidades do país, mas não esclarecem quais ferramentas são utilizadas para evitar desvios – que já ocorreram.


Mas se tenho tantas dúvidas acerca destas listas, porque sempre as leio?


Apesar de, como disse, não atestarem a qualidade do produto, as listas são uma excelente vitrine, e mostram ao potencial consumidor o que vem se destacando no mercado – considerando-se sua validade e autenticidade – e o que vale à pena conferir. Para mim as listas são válidas enquanto mostram ao consumidor tendências semelhantes ao seu perfil, e se distanciam das avaliações críticas que, nunca, ou somente em última instância, levam em conta o gosto popular.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cinco considerações acerca da chuva


Se por acaso acontecia um momento de silêncio, ouvia-se lá fora uma música mais monótona ainda: a chuva grossa caindo.
- Chuva Crioula, de José Mauro de Vasconcelos (Fonte)



  1. Tempo chuvoso é ruim para trabalhar, mas perfeito para ficar em casa;
  2. Por maior que seja o guarda-chuva, você sempre molha o bico do sapato;
  3. Jane Eyre é o romance ideal para se ler em dias de chuva. Se bem que tem de ser alguns dias de chuva;
  4. Dias chuvosos são as ocasiões perfeitas para se descobrir que seu sapato está furado, porém as menos desejáveis;
  5. A chuva tira toda a minha pouca inspiração para escrever.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Selo - Esse blog mexe com meus sentidos

Recebi este selo do James, do Minha Literatura Agora, e ele vem acompanhado de três regrinhas:


  1. Indicar os 10 blogs que mexem com seus sentidos;
  2. Dizer 5 coisas que mexem com seus sentidos nesse momento;
  3. Linkar quem te deu o selo e exibir no blog.

A primeira até que é fácil, apesar de achar que a maioria de meus indicados já o tenham recebido de outra pessoa, mas voi lá, os 10 blogs que mexem com meus sentidos são:


Quanto à segunda, as cinco coisas que mexem com meus sentidos no momento são:

  1. O álbum novo do Bob Dylan - Together Through Life;
  2. O livro que estou lendo: Réquiem em Los Angeles, de Robert Crais;
  3. A monografia que estou escrevendo;
  4. Alguns projetos que tenho em mente;
  5. Essa chuva que não passa.

É isso. Nem todas as coisas listadas estão mexendo com meus sentidos positivamente, mas é assim que as coisas são no momento. E quem recebeu o selo, sinta-se à vontade para declinar.

E não. A chuva não passa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cogumelos são legais?

Tinha por volta de seis anos quando aprendi que cogumelos são legais, te deixam mais forte e te fazem crescer. Por sorte, não me senti tentado, naquela época, a experimentar alguns que nasciam no quintal de casa, ou as conseqüências poderiam ter sido bastante ruins, uma vez que nesta idade não tinha consciência do certo ou errado, muito menos da toxicidade de algumas espécies de cogumelo, o que sabia era que o Mario consumia, e ficava bem maior e mais forte.
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Clássico absoluto e incontestável, Super Mario Bros. foi lançado em 1985 para o NES, e trazia uma aventura repleta de fases e desafios dos irmãos Mario - Mario Mario e Luigi Mario - em sua busca para salvar a Princesa Peach – do Reino dos Cogumelos – das garras do maléfico Bowser. Até hoje é o jogo mais vendido da história, com algumas dezenas de versões e remakes que o tornou acessível para uma horda de gamers de diversas gerações, e transformou seu criador, o sorridente Shigeru Miyamoto – o homem, o cara, a lenda – , na maior figura pop do entretenimento eletrônico.



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Os cogumelos foram um dos primeiros alimentos colhidos pelos povos pré-históricos, mas seu cultivo, no entanto, só teve início na antiguidade [Fonte], sendo algumas espécies comestíveis amplamente utilizadas na culinária de diversos países, como o Champignon e o Shiitake, que incrementam de molhos a saladas. Devido ao seu elevado conteúdo protéico, o cultivo dos cogumelos comestíveis tem sido apontado como uma alternativa para incrementar a oferta de proteínas nas dietas cada vez mais pobres a que a sociedade moderna e seu estilo de vida se impõe. Vários estudos apontam para a existência de propriedades medicinais de algumas espécies, como o Agaricus brasiliensis, o famoso Cogumelo do Sol, uma espécie nativa do Brasil e com grande potencial terapêutico, que na propaganda da TV cura tudo, de unha encravada a depressão.



Por outro lado, existem cogumelos com propriedades alucinógenas, utilizados tradicionalmente por diversos povos ao redor do mundo, principalmente em rituais religiosos – e também nas, nem tão religiosas assim, orgias romanas . Um dos mais conhecidos destes é o Psilocybe Cubensis, no entanto outras espécies de Psilocybe e mais raramente em outros gêneros, como “Campanella” tem as mesmas propriedades, devido à presença de psilicona e psilocibina, uma substância com efeitos similares, ao LSD.



shigeru_miyamoto_hobbies Miyamoto, o mito, faz que não tem nada a ver com isso.


Mas que culpa tem Mario nisso tudo? A bem da verdade quase nenhuma, a não ser uma certa culpa sugestionada. Em nenhum game do bigodudo que tenha jogado eu o vi “comendo um cogumelo”, o que ele faz é, no máximo, encostar nele, mas uma criança de 6 anos não é capaz de perceber a sutil diferença, ainda mais em um console 8 bits com parcos recursos gráficos e apenas 25 cores simultâneas na tela. Sendo assim, para mim Mario era um consumidor compulsivo de produtos naturais, que mantinha uma dieta à base de cogumelos e flores de fogo selvagens, que lhe davam super-poderes capazes de fazê-lo superar até mesmo um lagarto gigante cuspidor de fogo.




Recentemente, um pastor de uma igreja evangélica postou um interessante – porém nada relevante – artigo sobre os Males dos Vídeo Gueimes onde também evidenciava o potencial alucinógeno dos cogumelos presentes no jogo. Segundo o pastor, Mario é “Um encanador italiano [que] se apaixona por uma cortesã da realeza do Reino dos Cogumelos (alucinógenos), porém ele nunca consegue concretizar seu amor, pois esta cortesã é seqüestrada por um demônio que tomou forma de lagarto (Browser).” Surpreendentemente o pastor não atentou para o fato de Mario ser um provável consumidor dos fungos alucinógenos, apesar de atestar a doce princesa – que leva a vida fazendo bolos e sendo sequestrada – como uma cortesã.



Se, quando tinha seis anos e conheci Mario, o comedor de cogumelos, fosse suficientemente burro, teria comido alguns fungos do quintal e, no mínimo, teria tido uma bela indigestão. Mas até que ponto os games influenciam o jogador (com ou sem a ajuda do oculto, como assegura o pastor)? Para mim uma coisa é uma coisa, e outra é outra, assim como um algarismo par não é ímpar. Somente se influenciam os fracos e os tendenciosos, e a relação é sugerida apenas nos casos negativos. A notícia de que cirurgiões americanos que jogam Nintendo Wii apresentaram melhores respostas reflexas durante as cirurgias pouco foi divulgada fora da mídia especializada, em contrapartida, sites e jornais do mundo todo alardearam o caso do adolescente americano que matou a mãe e feriu o pai após ser proibido de jogar Halo 3.



Tudo é muito relativo e deve-se tomar o devido cuidado com a alegação de “influência gamer”. Até que ponto esta influência é real e factível – e, sendo assim, passível de mensuração –, e a partir de quando passa a ser mero instrumento de defesa legal? A discussão ainda dará muito pano pra manga.



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Enquanto isso, Mario continua consumindo seus cogumelos e flores de fogo, e é preciso lembrar que os romanos não precisaram jogar vídeo game para aprenderem que os cogumelos apimentavam as orgias.



Imagens: 1, 2, 3 e 4

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mudanças

Caros amigos,

No post anterior abordei um tema no qual vinha gastando boa parte de meu tempo: registrar ou não um domínio próprio. Como disse na ocasião,


"[Registrar um domínio e redirecionar o blog] É um fato que deve ser bem pensado, e tem-se de levar em conta meio milhão de aspectos, primeiro por que tenho que ter em mente que fazer dinheiro não é, nem de longe - nem mesmo em última instância - meu objetivo por aqui, então investir, qualquer que seja a quantia, será mais um ato de dar um presente de pai para filho do que qualquer outra coisa. (...) Sem contar os aspectos técnicos: como registrar um domínio?, como fazer o redirecionamento aqui no Blogger?, que nome escolher? net?, .com.br?, .info?; que plano escolher?, tudo vai funcionar como antes? É muita coisa que deve ser levada em conta, pois não se pode fazer mudanças deste tipo sem ter um mínimo de certezas sobre suas consequências."


Fiz um teste no Bazar do Gule, com um domínio grátis, e correu tudo bem, tanto que criei coragem para tomar uma decisão: registrar um domínio. Não é um bicho de sete cabeças como se pode pensar a primeira vista, e que eu achava que era, na verdade passa longe disso: o processo de registro em si é rápido, a demora fica por conta de esperar a confirmação do pagamento. Optei por registrar, no UOL Host, um domínio .com, que custa - no primeiro ano - apenas R$ 5,90. Como já era de se esperar o domínio que gostaria de registrar já tinha dono, tive de optar por uma segunda opção, ficando com o www.lucianoasantos.com

Agora pouco acabei de configurar o DNS no UOL Host, mas apenas farei os procedimentos para o redirecionamento [update] amanhã. Sendo assim, este - muito provavelmente - será o último post a ser publicado no Gule Anda.

Creio que é preciso deixar bem claro que nem tudo são flores, e que me apartar do nome Gule Anda me tirou o sono: foram dias em muito boa companhia, nos quais este humilde blog foi muito bem recebido por pessoas que hoje em dia me são queridas na blogosfera, e recebeu um feedback que jamais poderia imaginar que viesse tão cedo. Em mais de uma ocasião disse que tinha chegado a forma preterida com o Gule, que muito busquei o formato que havia encontrado aqui. Estaria então virando as costas para tudo isso? A resposta é um sonoro NÃO. A meu ver, este blog deixa de lado um apelido e ganha um nome, mas permanece o mesmo em essência, com a mesma visão e princípios.

Humildemente posso dizer que hoje e sempre me orgulharei de ser mais um pato na lagoa.

Muito obrigao a todos que passaram por aqui - mesmo que por acidente -, que deixaram seu carinho e comentários, e que dedicaram um pouco de seu tempo a ele.

O blog continua o mesmo, com outro nome. Espero encontrá-los também nesta nova fase.

Atenciosamente,


Luciano A.Santos  

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dúvidas


No fim do ano este blog completa seu primeiro aniversário, mais exatamente no dia 12 de Dezembro. Muitas coisa se passou desde então, o que talvez tenha feito o tempo passar tão depressa. Mas ainda não é tempo de fazer um balanço de seu primeiro ano de vida, esperemos até dezembro.

Mas, a iminência do primeiro ano completo do blog me fez pensar em algumas coisas, entre elas em um domínio próprio. Será tempo de se investir - pela primeira vez - dinheiro aqui no Gule? Até então tudo o que investi aqui foram um pouco de tempo e uma boa dose de dedicação, além de, claro, de boa parcela da minha filosofia do achismo, desenvolvida - e em desenvolvimento - há anos a fio. É um fato que deve ser bem pensado, e tem-se de levar em conta meio milhão de aspectos, primeiro por que tenho que ter em mente que fazer dinheiro não é, nem de longe - nem mesmo em última instância - meu objetivo por aqui, então investir, qualquer que seja a quantia, será mais um ato de dar um presente de pai para filho do que qualquer outra coisa.

Sem contar os aspectos técnicos: como registrar um domínio?, como fazer o redirecionamento aqui no Blogger?, que nome escolher? (continuo com o Gule Anda? Hoje em dia penso, muito, se ele diz algo a respeito do blog), optar por um domínio .com?, .net?, .com.br?, .info?; que plano escolher?, tudo vai funcionar como antes? É muita coisa que deve ser levada em conta, pois não se pode fazer mudanças deste tipo sem ter um mínimo de certezas sobre suas consequências.

A melhor resposta para todas estas perguntas é tentar descobri-las de modo prático, mas, como disse, não posso arriscar meu humilde Gule. Decidi então fazer um teste com um outro blog que "montei" faz pouco tempo, e que, assim posso dizer, é filhote deste aqui. Trata-se do Bazar do Gule, onde falo um pouco sobre o que assisto, leio, ouço, jogo, estas coisas.

A primeira coisa que fiz, nesta minha busca por respostas, foi registrar um domínio grátis - por um ano - no site CO.CC (a url passou de http://bazardogule.blogspot.com, para http://www.bazardogule.co.cc), e configurar o redirecionamento no Blogger, como me ensinaram os tutoriais do Criar Blog, Explorando e Aprendendo , e Acemprol .

Num primeiro momento está tudo como antes, até mesmo o endereço do feed foi redirecionado, mas ainda não posso afirmar como vai se comportar o Analytics ou o AdSense, e, pelo que li, os cadastros do blog no Technorati e BlogBlogs têm de ser refeitos;e ainda não postei nada por lá depois da mudança, então não sei se alguma coisa de estranha acontecerá. Mas tenho tempo para analisar bem como vai se comportar o Bazar para, só então, decidir de vez se faço o mesmo aqui no Gule. Veremos.

Imagem.