Aos 45 48 do segundo tempo consigo finalmente postar minha participação nesta blogagem coletiva proposta pela Vanessa do Fio de Ariadne, passei o dia todo sem internet, mas parece que agora tudo já foi normalizado.
Pra começo de conversa me senti tentado, logo que soube da coletiva, a falar sobre Rocky, Um Lutador, ganhador do Oscar de melhor filme em 1977, mas como ele é O Filme de Minha Vida, e postei sobre ele na BC também proposta pela Vanessa, achei que seria uma boa oportunidade para falar de outros filmes que levaram para casa a famigerada estatueta.
Conferindo a lista de ganhadores, me deparei com alguns que já assisti, como Oliver!, que assisti com meu pai numa noite de Natal, e que ele categorizou como o filme mais estranho que já havia assistido. Não posso discordar de todo, não sou fã de musicais, e como quase sempre acontece com livros que viram filmes, o título é bem melhor nas mãos de Dickens que de Carol Reed. E também tiveram todos os clássicos que sempre passavam na tv e eu nunca assisti, pelo menos não completamente, como Conduzindo Miss Daisy, Carruagens de Fogo, Platoon, E o Vento Levou…, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, e etc.
No fim resolvi falar sobre Menina de Ouro, e demorou algum tempo até que percebesse que este, assim como Rocky, é um filme sobre boxeadores, o que me leva a me perguntar, intimamente, por que a temática me atrai tanto. Mas não é o momento para começar com achismos, então vamos ao filme.
Lançado em 2004, Menina de Ouro (Million Dollar Baby) conta a história do encontro e união entre Frankie Dunn (Clint Eastwood), um treinador experiente e fechado para o mundo, que troca poucas palavras apenas com seu amigo, o ex-boxeador Eddie Dupris (Morgan Freeman), e Maggie Fitzgerald (Hillary Swank) uma jovem determinada a se tornar uma lutadora – apesar de um tanto velha para isso – e assim poder mudar sua realidade de vida.
E aí o filme me pega. Se lembram de Rocky, a mais bem sucedida e reconhecida representação do sonho americano? Pois bem, Clint Eastwood toca no mesmo assunto. Temos o lutador desacreditado, o treinador casca-grossa e o sonho de vencer. Tá, Hillary Swank não tem todo o charme de atuação de Stallone em Rocky, mas, assim como o Rambo, constrói um personagem por quem todos se apaixonam e pelo qual torcem piamente.
É emocionante assistir às primeiras cenas, onde Eastwood se recusa a treinar a aspirante a boxeadora, e, quando o faz, percebe-se nos olhos dela que teria uma chance na vida, que tudo poderia ser diferente. Daí pra frente é spoiler demais num post só, então paro por aqui.
Menina de Ouro é um filme que vale a pena ser assistido, que te faz pensar – e ter vontade de chutar o traseiro da mãe de Maggie e esbofetear uma lutadora com mais esteróides que o cachorro do meu vizinho (se já assistiram ao filme sabem de quem estou falando, se não, ao assistirem saberão). É uma história de sonhos impossíveis que se realizam e se tornam castelos de areia, de um amor profundo pelo ser humano que acaba por cobrar um alto preço. Como disse o próprio Eastwood, este não é um filme de boxe, é um filme sobre uma relação entre pai e filha.
É mais uma obra prima de Eastwood.
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Menina de Ouro concorreu a 7 Oscars, tendo ganho 4 delas:
- Melhor Filme
- Melhor Direção – Clint Eastwood
- Melhor Ator Coadjuvante – Morgan Freeman
- Melhor Atriz – Hillary Swank
E não é que o site oficial ainda está no ar?
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5 comentários:
Olá querido,
eu assisti Menina de Ouro e me surpreendi com a atuação de Hillary Swank como boxeadora.
O filme é muito bom, com ótimos atores, eu amo Morgan Freman.
Chorei rios de lágrimas. O desfecho é muito triste.
Eu particularmente não sou muito fã de filmes sobre boxe, embora tenha assistido quase ou todos os Rocky, porém existe um único filme sobre boxe que realmente amei e o vi pela primeira vez eu era ainda bem novinha.
Chama-se The Champ, se não viu porfavor assista é lindo demais. tenho ceteza de que vai adorar.
Veja aqui uma parte.
http://www.youtube.com/watch?v=rgySx1MhzAo
Doce beijo querido, tua participação foi maravilhosa.
Menino de Ouro, rsrsrsrs
Luciano, tenho uma história paranóica com este filme. Se não estou muito enganada, no ano anterior ao Oscar de Menina de ouro, Eastwood perdeu a estatueta para o Senhor dos Anéis. Nada contra a adaptação da obra de Tolkien, que eu adoro, mas acontece que Sobre Meninos e Lobos, filme de Eastwood daquele ano de 2004 é simplesmente incrível. Trata-se do melhor filme que eu já pude ver adaptado de um romance. Não existe simplesmente nenhum furo na filmagem do livro de Dennis Lehane, de quem já era fã quando o filme saiu. Sean Penn foi consagrado melhor ator mas não era o suficiente para uma produção tão boa, uma aula de cinema. Tudo perfeito, escolha dos atores, ambientação, tempo e ritmo de contar uma história tão difícil, enfim, deu pra endenter como eu sou fã. Muito bem, a paranóia acontece quando , em 2005 cismei que Menina de Ouro foi um Oscar de pedido de desculpas, quem merecia aquilo tudo era Sobre meninos e lobos. Sei lá, é só paranóia mesmo, o filme é sensível e tb com tempo certíssimo, com uma sutileza que poucos são capazes de ter. Perdoe o enorme comentário, mas eu precisava explicar minha paranóia posição. :-)
bjs e muito obrigada pela participação.
Luciano,acredita que eu ainda não vi esse filme?Sua ótima resenha me animou.Gosto muito do Clint Eastwood,um grande diretor.E a Hillary Swank é uma ótima atriz.Agora me animei a ve-lo.
Um abraço.
eu chorei tanto nesse filme
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