A Mylla Galvão, do Idéias de Milene propôs esta blogagem coletiva e logo aguçou meus sentidos de noveleiro.
Tá, eu sou noveleiro. Durante um bom tempo não acompanhei nada com muito afinco, já que tinha de ir a faculdade, então só assistia mesmo no sábado, ou quando faltava à aula, mas sempre dava um jeito de ficar por dentro do que estava passando, seja na internet, jornais, ou na roda do cafezinho no trabalho.
E se teve uma novela que me prendeu foi A Favorita. A história, trazia duas personagens apresentadas ao telespectador como possíveis assassinas - apesar de que apenas uma delas tenha cumprido pena, o que trazia em jogo uma grande questão: "Será que a coitada da Flora passara 18 anos na cadeia por um crime que não cometeu, enquanto a Donatela, possível assassina, ficou curtindo uma boa vida no rancho do sogro?" - Pois bem, A Favorita me fez torcer como se torce em um clássico do futebol. E não, não estou exagerando em nada, foi assim mesmo que me senti. E sim, torci pela Flora.
A novela, como poucas, provocou uma onda de amor e ódio nos telespectadores, assim como os dividiu: ao menos por aqui, havia os partidários da Flora, e os partidários da Donatela, e rendeu boas cenas e atuações de seus atores, em especial de Patrícia Pillar, vencedora do Melhores e Piores deste blog em 2009, na categoria Melhor Atriz, que, juntamente com Cláudia Raia, formou uma das melhores duplas de protagonistas da novela das 8 de todos os tempos.
Mas, finalmente chegando a minha cena favorita, acho que tenho que descrevê-la um pouco, pois o YouTube a recusou em sua versão full, então vai uma resumida, assim:
Donatella, por motivos que demoraria horrores explicar aqui, "sequestra" Flora e segue com ela para um lugar ermo. No caminho, tortura Flora - naquele tempo eu ainda acreditava piamente que ela era a vítima - dizendo que ela cantava muito melhor, que a outra era medros e etc. Até que Donatela manda Flora - que estava dirigindo o carro - parar. Daqui segue a cena:
Tensa. Esta cena tem a grandiosidade que o momento exigia, tamanha a espectativa que a questão suscitava nas pessoas. Acho que todo mundo se lembra de como a novela terminou: Donatela comprovadamente inocente e Flora presa, louca, dizendo ser Donatela.
Taí uma novela que não vou esquecer tão cedo.
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7 comentários:
Luciano, não estou preso às novelas há um bom tempo, principalmente às que passam bem após o Jornal Nacional. A Favorita vi só trechos acidentais, não sei de detalhes da história, mas o que me prendia de ver, nestes meus "acidentes", eram estas interpretações... Não entendia nada do que estavam falando, mas o modo de como atuavam, ah sim, isso me prendeu.
Esta cena eu desconhecia, muito boa! Mais um show à parte.
Abraço.
Marcelo.
Valdeir,
Gostei muito de A Favorita, nunca tinha torcido tanto por algo numa novela, e concordo quando diz que João Emanuel Carneiro foi um gênio, pois foi mesmo.
Pena que a Flora eraa assassina, rsrs.
Abraços.
Marcelo,
A Favorita era uma novela tão dinâmica que quem acompanhava esporadicamente tinha dificuldades de entender o que estava acontecendo. E as interpretações eram excelentes mesmo, a dupla Cláudia Raia e Patrícia Pillar fez bonito.
Abraços.
Rafael,
Concordo plenamente: é difícil engolir uma produção como Viver a Vida num horário que já contou com produções como A Favorita. Manuel Carlos já foi um grande escritor...Há muito tempo...
Abraços.
Luciano,não assisti "A Favorita",por falta de tempo(trabalho),mas parece ter sido mesmo uma das melhores dos últimos tempos.Novela é mesmo a cara do Brasil.Ótimo post,meu amigo.Parabéns pela participação.
Abração.
Lu,
Essa foi uma das vilãs mais bem elaboradas das novelas. Perto dela, Odete Roithman é fichinha!
Eu tinha ódio da Flora e acho que metade do Brasil tb!!!
Parabéns pela participação!
bjo
Quando A Favorita começou eu fiquei desconfiada e achava difícil uma novela me surpreender. No capítulo em que descobrimos que Flora era a assassina meu queixo caiu e segui boquiaberta até o fim da novela. Excelente escolha, gostei dessa blogagem.
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