"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Os 5 melhores álbuns de 2010

O ano ainda nem terminou, mas todo mundo já está começando suas retrospectivas, listas dos melhores e afins. Pessoalmente, gosto de listas, mas não tenho tanta paciência para fazê-las. Paciência não é bem a palavra: não tenho segurança. Fiz em outro blog uma lista com os 100 melhores desenhos animados de todos os tempos – na minha opinião, claro – e, depois de publicada, fiquei descontente por achar que este ficara numa posição ruim demais, enquanto aquele outro, posicionado logo à frente, não deveria nem ter entrado nela. Ademais, considero que, com exceção nos casos de erros grosseiros, e quem me lê há algum tempo bem sabe que já os cometi, mas que, felizmente, pude contar com a leitura vigilante de meus queridos amigos, que me abriram os olhos; post publicado é igual a palavra dita; e não fico à vontade para fazer inserções e correções.

Depois de pensar muito, resolvi fazer algumas listas neste fim de ano, onde pretendo falar um pouco sobre os 5 melhores livros, filmes, álbuns e games aos quais tive acesso neste ano. Pretendo soltá-las aos poucos, começando por hoje e sempre às sextas-feiras, não me pergunte o porquê. Mas não será uma lista convencional – é pedir demais algo convencional de um blog com um nome desses – já que não levarei em conta ano de publicação e/ou lançamento. Entrarão nessas listas aquilo a que tive acesso nesse ano. Sendo assim, não importa que um livro tenha sido publicado em 1800 e poucos, o que interessa, nesse processo, é eu ter tido acesso a ele este ano. Simples, e, ao meu ver, até mesmo lógico.

Deixando de lado o blá blá blá, vamos aos trabalhos.

Melhores de 2010 álbuns

1º - Lungs – Florence + The Machine

Lungs

Já devia ter publicado um post sobre a Florence há muito tempo, mas faltou força de vontade. Antes de ouvir a maestria comandada pelo crânio Jonny, do Pato Fu, este era o álbum do ano, fácil-fácil, mas, mesmo assim, Lungs continuou sendo meu #1. Conheci Florence no VMA deste ano. Por mais que se fale e critique, a MTV e suas premiações sempre me mostram coisas novas que passo a admirar: me tornei fã de Goldfrapp após assistir a um trecho de 10 segundos durante os comerciais; conheci Lady Gaga – a aberração – durante o VMA do ano passado, e, este ano, foi a vez de Florence. A história do grupo a Wikipédia conta, o que eu sei é que sua performance me cativou de tal maneira que me perguntei em que p**** de mundo eu estava que não a conhecia ainda. Entre minhas preferidas – e é difícil dizer isso em um álbum quase perfeito – estão Dog Days Are Over, maior sucesso do grupo, Cosmic Love,  Howl, Between Two Lungs – que algumas vezes me põe em transe; e Rabbit Heart, a preferida.

2º - Música de Brinquedo – Pato Fu

Música de Brinquedo

Não vai animar sua festa. Porém, Latino e sua Festa no apê vai, e é o que é. Este é o cd que todos não esperavam do Pato Fu – que admiro desde que ouvi Fernanda Takai dizer que “Mamãe ama é o meu revólver” – apesar de que tudo é absolutamente possível quando se trata da mente musicalmente privilegiada de John Ulhoa. Como o nome bem diz, o álbum é todo executado usando-se instrumentos musicais – ou não – de brinquedo, o que dá uma sonoridade infantil e, ao mesmo tempo, genial na nova roupagem que clássicos como Live and Let Die, Sonífera Ilha e Twiggy Twiggy, minha preferida, ganharam.

3º - Bionic – Christina Aguilera

Bionic

Foi um flop homérico, vendeu apenas 500 e poucas mil cópias em todo o mundo, mas gostei de Bionic. Alguns bitolados disseram que foi um cosplay de Gaga, como se a esquisitona fosse um poço de originalidade. Já fui fã de Gaga, hoje só a acho doente. E não é no mesmo sentido que considero Tarantino doente. Voltando a Aguilera, prefiro ela mais séria, como em I Am e You Lost Me (aqui ela cantando ao vivo) do que toda jovenzinha em Woohoo e I Hate Boys. Também gostei bastante de Bionic e Not Myself Tonight, sem falar que a moça manda bem demais nas apresentações ao vivo. Não curto muito musicais, mas estou disposto a assistir Burlesque, filme da cantora que tem a participação de Cher, aquela que foi barrada na porta do Stúdio 54. A preferida? You Lost Me. Ouvi muito ela enquanto estive na fossa este ano.

4º - Hi Infidelity – REO Speedwagon

Hi Infidelity

É o mais velho de todos da lista. Lançado em 1980, este álbum me mostrou REO Speedwagon, banda criada em 1968, em toda a sua plenitude. Em fevereiro, num post que escrevi sobre os melhores álbuns que estava ouvindo, disse que não me lembrava da maneira como conheci a banda. Agora me lembro, foi através da Enciclopédia do Rock, quadro do programa Alto Falante (nem sei se ainda existe), produzido pela TV Minas e retransmitido pela TV Cultura. A Enciclopédia era apresentada por Adriano Falabella, um cara que sabe tudo de rock e que sempre tinha uma boa dica “das antigas”. Keeping on Loving You e Take it on the run são, de longe minhas preferidas neste álbum.

5º - Skeletal Lamping – Of Montreal

Skeletal Lamping

Receber uma indicação de ninguém menos que Alex Kapranos, do Franz Ferdinand, não é para qualquer um, então decidi conferir a música do Of Montreal. Gostei? Sim, apesar de estranhar uma guitarra que insiste em aparecer em momentos inconvenientes de Nonpareil of Favor. O vocalista, Kevin Barnes, fez o mesmo que Bowie, e criou um personagem para narrar o disco: um transexual negro de 40 anos chamado George Fruit, que usa de seus mais diversos tons de voz para narrar suas peripécias. Depois de Skeletal, não ouvi nada do grupo, mas For Our Elegant Castle, a preferida, ainda está nítida em minha cabeça.

Quem ficou de fora?

InvincibleThe SelloutIRMLon GislandLost HighwayWe Started Nothing

I’m so sorry .

10 comentários:

Irene Moreira disse...

Uau gostei de como descrevestes os detalhes e o porque gostas, Quem sabe sabe.

Não sou a pessoa certa para fazer um comentário a altura mas gosto da Aguilera e da Francine.

Ficarei viciada em seus post das sextas feiras.

Beijos

Mauri Boffil disse...

Tem tantos cds que ouvi esse ano... dificil escolher os melhores

Luciano A. Santos disse...

Irene,

As duas são as mais "pops" hoje em dia, apesar de tudo. No entanto, os outros são audíveis com tranquilidade, com exceção de Of Montreal, que no começo pode exigir um pouco de força de vontade. Agora Pato Fu é bonitinho e agradaria a quase qualquer um, vale a pena tentar.

Beijo.

Luciano A. Santos disse...

Ih, Mauri, também achei difícil, mas peguei aqueles álbuns que ouvi todo ou grande parte das faixas. Mas listas são assim mesmo, dão bastante trabalho.

Luma Rosa disse...

Ouvido se educa! Sabe que conheço pessoas apegadas a uma época e que não aceitam novidades - Se não se ouve, não se gosta!
Da sua lista, só não conhecia Reo Speedwagon, ouvi a música indicada, mas não vi "novidade" do tipo que passaria a tarde ouvindo toda a coleção. Tenho um gosto esquisitinho pra música, mas não tenho preconceito, ouço tudo :D
Tenho ouvido Veronica Falls e Marina and the diamonds, mas existe um vazio. As novas bandas pouco suprem. Você ouve música pelo hypem?
Luciano, tem um cartão pra você no "Luz". Boa semana!! Beijus,

Luciano A. Santos disse...

Luma,

Dei uma olhada no Hypem e achei interessante, mas ainda não criei um perfil por lá. Quanto às dicas, vou procurar vê-las no Youtube, é sempre bom ouvir música nova. E ouvido se educa mesmo: não fui com a cara do The Who quando ouvi pela primeira vez, agora sou fã.

Grande abraço.

Marina disse...

Ouvi o cd de Fernanda Takai uma vez, quando estava passando na área infantil da Livraria Cultura. Sentei ali perto e fiquei lendo e ouvindo. Tinha acabado de ir ao show de Paul McCartney e ouvi Live and Let Die. Achei engraçadinho.

E Christina é Christina. Sem mais.

Irene Moreira disse...

Acredito na sua dica e e vou tentar o Pato Fu.

Venho desenhar um Feliz Natal e um ano de muita paz, saúde e muitas felicidades!

Beijos no seu coração

Luciano A. Santos disse...

Também gostei do Live and Let Die, Marina, até um pouco mais do que da versao do Sir, rsrs.

Grande abraço.

Luciano A. Santos disse...

Irene, Feliz Natal pra você também. Abraços.

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