"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

terça-feira, 24 de março de 2009

Melhores & Piores da TV de 2008


Não sei bem o por que mas ontem, antes de dormir, me lembrei do Troféu Imprensa, a premiação do homem do baú para os destaques do ano na televisão.

O troféu é tido como glória máxima da tv nacional, mas, levando-se em conta seus críticos - que na verdade deveriam ser chamados de jurados- não sei se ele tem tanto prestígio assim não, afinal, pessoalmente, desconfio do julgamento de Sônia Abrão, Décio Piccinini entre outros, mas voi lá.

Como, muitas vezes, discordo dos resultados, resolvi usar de um pensamento um tanto quanto óbvio: Se não concordo, crio o meu oras, mas de uma forma um pouco mais personalizada. Além das categorias originais do Troféu Imprensa (antecedidas por um *), adicionei algumas outras e, ao invés de eleger somente os melhores, vamos premiar também os piores em cada categoria. Acho que é mais justo, e divertido.

E os vencedores são:

* Melhor Programa de Entrevista: Programa do Jô - Globo.
Pior Programa de Entrevista: Papo com Mauro - TV Esporte Interativo.

* Melhor Apresentador(a) de Telejornal - William Wack - Jornal da Globo, Globo.
Pior Apresentador(a) de Telejornal - Marcelo Resende - RedeTV News, Rede TV!

* Melhor Programa Humorístico - CQC - Band
Pior Programa Humorístico - Hermes&Renato - MTV

* Melhor Jornal de TV - Jornal da Globo - Globo.
Pior Jornal de TV - Passo.

* Revelação - Maísa - SBT.
Pior Revelação (?!?) - Andy Milonakis - MTV.

* Melhor Novela - A Favorita - Globo.
Pior Novela - Os Mutantes: Caminhos do Coração - Record.

* Melhor Ator - Lima Duarte - Desejo Proibido, Globo
Pior Ator - Empate entre um dos mutantes, não sei o nome - Record; e outro de Revelação, que também não sei o nome - SBT

* Melhor Atriz - Patrícia Pillar - A Favorita, Globo
Pior Atriz - Bianca Rinaldi - Os Mutantes: Caminhos do Coração, Record

* Melhor Conjunto Musical - Passo.
Pior Conjunto Musical - Fresno/NX Zero (fique a vontade se conseguir diferenciar os dois)

* Melhor Programa Infantil - Bom Dia & Cia. - SBT (Com a Maísa, os outros dois moleques são um porre.)
Pior Programa Infantil - TV Xuxa - Globo (Só a Xuxa não percebe que o que as crianças querem são animes, aos montes).

* Melhor Programa Jornalístico - Fantástico - Globo.
Pior Programa Jornalístico - DOC21 - Rede 21.

* Melhor Apresentadora ou Animadora de TV - Maísa - SBT (Que Hebe que nada, a não-anã Maísa dominou em 2008).
Pior Apresentadora ou Animadora de TV - Sônia Abrão - Rede TV!

* Melhor Apresentador ou Animador de TV - Silvio Santos - SBT (Falando francamente, só mesmo o Silvio pra conseguir fazer com que as pessoas assistam a bomba que é o Programa Silvio Santos. Quando se juntam a Maísa e ele então, aí fica impossível mudar de canal).
Pior Apresentador ou Animador de TV - Gugu Liberato - SBT (Um motivo: Dominguuuuuuuuuuu...)

Melhor Programa Estrangeiro - Dr. Hollywood - Rede TV!
Pior Programa Estrangeiro - Andy Milonakis Show - MTV

Melhor Seriado Nacional - Toma lá, dá cá - Globo
Pior Seriado Nacional - Ó Paí ó! - Globo

Melhor Série Internacional - Monk - Record
Pior Série Internacional - De Volta aos Anos 70 - Band

Melhor Programa Esportivo - Jogando em Casa - TV Esporte Interativo
Pior Programa Esportivo - Rock Gol - MTV

Melhor Programa Educativo - Passagem para... - Futura.
Pior Programa Educativo - Passo, mas pode ser um daqueles canadenses da TV Escola.

Menção Honrosa - Dallas - Rede TV! (Impossível não ser atraído pela podre - com exceção de D. Ellen e Bobby - família Ewing)
Menção Nem Tão Honrosa - Selvagem ao Extremo - Record News.

Esse é um balanço do que assisti ano passado e refere-se a um gosto estritamente pessoal. NÃO sou nem pretendo ser crítico de tv, apenas deixo minhas impressões como telespectador.

Ano que vem tem mais.

Espero.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Não, eu não aprendi a dizer adeus!

Hoje passei por uma situação complicada.

Explico.

Aqui em casa tínhamos dois cachorros, Dragão, um vira lata, e Freud, um boxer. Pra mim dois já eram demais, porém meu irmão queria mais um. Fui contra toda a vida, mas ele acabou comprando uma cadela boxer, que, nem preciso dizer, me pegou de jeito num instante.

Me afeiçoei rapidamente. Leoa - era esse o nome dela - chegou aqui com 30 dias de vida, recém acabada de desmamar, nem imaginava que fosse gostar tanto daquela coisinha pequena, fedendo a baba de cadela. Pode parecer estranho, mas ela era bonita de tão feia, com o maxilar beeeem avantajado, e uma orelha sempre ereta, enquanto a outra pendia sobre a cabeça.

É, mas nem tudo são flores.

Os outros cachorros, Dragão e Freud, que antes conviviam pacificamente, passaram a brigar ferozmente pela "posse" da Leoa, se engalfinhando no quintal, não podiam nem se ver que já começavam a rosnar, muitas das vezes partiam para brigas onde pelo menos um terminava sangrando as bicas.

Sem que os animais entrassem num acordo, nós, humanos porém não menos animais, tivemos que tomá-la, e não foi outra senão a pior possível: doar a Leoa.

Buscaram-na hoje, enquanto estava no trabalho. Foi melhor assim. Ficam as fotos, e as lembranças daquela que me recepcionava no portão todos os dias, e que lambia meus pés irritantemente quando eu saía do banho.








Só espero que cuidem dela, e a amem, como a amei.

terça-feira, 17 de março de 2009

Blogagem Coletiva - O Filme da Minha Vida

Estou no último ano da faculdade e a elaboração de meu TCC está consumindo todo meu tempo, por isso tenho estado tão ausente por aqui. Creio que as coisas começarão a melhorar a partir de semana que vem, quando finalmente ponho um ponto final em algumas pendências no trabalho, sobrando mais tempo para postar.

Este ano participei de duas blogagens coletivas e gostei. É uma excelente forma de conhecer novos blogs e até mesmo fazer novos amigos, por isso atendo, mais uma vez, ao "chamado" da Vanessa, do blog Fio de Ariadne, que propôs uma blogagem sobre o filme de nossas vidas. De imediato soube sobre qual filme falaria, se você também quiser participar basta seguir os seguintes passos.



1. Deixe seu nome e blog na caixa de comentários do post original até o dia 27 de abril;
2. leve um dos selos da coletiva ;
3. Faça um post sobre o evento no seu blog, contendo este passo-a-passo e divulgue o selo;
4. Prepare na data marcada - dias 29 e 30 de abril- um post falando sobre o filme , sobre a experiência de assistí-lo, o que marcou, o que quiser falar sobre ele. Trata-se do seu filme preferido e, e claro, você é quem manda.
Então até lá.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Blogagem Coletiva - Incusão Social

A Ester, do blog Esterança levantou a bandeira para esta blogagem coletiva que fala sobre Inclusão Social. Para mim ela tem um aspecto bastante concreto.



Segundo a Wikipédia, "Inclusão Social é uma ação que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas de classe social, nível educacional, portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais entre outras que não têm acesso a várias oportunidades. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de participarem da distribuição de renda do País, dentro de um sistema que beneficie a todos e não somente uma camada da sociedade."

Fazem quatro anos participo de um dos mais ambiciosos e emblemáticos projeto de inclusão social do governo Lula, o ProUni. Antes de prosseguir deixo claro que não sou eleitor do governo Lula, tampouco concordo com quem diz que seu mandato transcorre às mil maravilhas.

O ProUni, como bem diz o comercial na tv, é a chance que o aluno socialmente carente tem de tentar mudar sua história de vida, através, ou por meio de, um curso superior. E funciona? Digo que sim.

Meus pais sempre educaram meu irmão e eu de forma a que déssemos, enquanto adolescentes, prioridade aos estudos frente ao trabalho, como dizia meu saudoso pai, quanto ao dinheiro ele dava um jeito, e sempre foi pontual o fato de que só com um diploma de curso superior teríamos uma chance de uma vida melhor. Em contrapartida, sempre deixaram claro também que segurariam a barra (financeiramente falando) para que pudéssemos estudar o suficiente para sermos aprovados numa faculdade pública, uma vez que não teriam condições de pagar uma particular.

Depois de muito estudar fui aprovado no vestibular da Unesp em 2005, mas por motivos externos (que podem ser vistos aqui) não pude frequentar o curso, meu irmão foi aprovado em 2006, e cursa Física, também na Unesp.

Sem muita paciência para estudar novamente para prestar Unesp, decidi recorrer ao ProUni, que se não me engano estava na 2ª "edição". Para um projeto de inclusão social acho que ele é bastante seletivo, ou se tira uma boa nota no Enem ou nada feito, e depois disso ainda há a entrevista na faculdade, que para mim não foi das melhores.

Fui até o departamento de projetos sociais da única faculdade que tinha aderido ao projeto em minha cidade e posso dizer que fui tratado com descaso quando disse que estava ali interessado em uma vaga do ProUni. Isso não foi deixado claro pela pessoa que me atendeu, mas ficou bem subentendido, e só diminuiu quando exigi que queria falar com o responsável pelo departamento. É um contrasenso enorme o departamento de projetos sociais tratar as pessoas que a ele recorrem com descaso, afinal geralmente quem vai até lá procura de alguma forma o amparo da instituição, claro que muitas vezes na forma de abono financeiro.

Meio desesperançado fiquei aguardando o resultado, que para minha surpresa foi positivo, fui selecionado para uma bolsa integral. A partir de então o clima foi bem mais ameno. Não mais vi o sujeito, e o fato de ser bolsista do ProUni nunca me trouxe maiores problemas com os alunos, fato que era uma preocupação dos idealizadores do projeto, pelo contrário, em minha faculdade alunos beneficiados pelo ProUni têm as melhores médias em suas salas.

Resumindo a história, que ficou longa demais: o ProUni, como instrumento de inclusão social, funcionou? Sim, para mim o programa atendeu a todos os aspectos que a Wikipédia define como inclusão social. Este ano me formo em Ciências Contábeis, e atualmente sou funcionário público atuando na área de tributação, cargo que conquistei em concurso com conhecimentos obtidos na faculdade.

A Inclusão Social deixou de ser para mim apenas um conceito sociológico e tomou forma ao mudar minha vida, espero que ela também se concretize para outras pessoas.

sábado, 7 de março de 2009

Clássicos que ainda não li I - A Montanha Mágica

Hoje começo uma série de postagens sobre grandes clássicos da literatura mundial que ainda não li. Resolvi fazê-lo depois de participar da blogagem coletiva O Livro da Minha Vida, proposta pela Vanessa, do blog Fio de Ariadne, que me fez ver, passando pelos posts dos outros participantes da blogagem, como estou em dívida com os grandes mestres. Pra começar optei por A Montanha Mágica, que foi o livro da vida do Vinícius, do Molho Vinagrete.

A Montanha Mágica (Der Zauberg) foi escrita por Thomas Mann em 1924 e é um dos romances mais influentes da literatura alemã do século XX.

Mann começou a escrevê-lo em 1912, ano em que sua esposa, Katharina Mann, foi internada num sanatório em Davos, Suiça, para tratamento de uma tuberculose. Acredita-se que este fato tenha servido de inspiração a Mann para compor A Montanha Mágica. Em 1915, Mann interrompeu a redação da obra por ainda não ter em mente que rumo dar à mesma (muitos se referem à Montanha Mágica como "o livro sem enredo") voltando aos trabalhos em 1919, concluindo-o em 1924.

O livro narra a história do jovem engenheiro Hans Castorp, em visita ao primo Joachim Ziemssen num sanatório destinado a doenças respiratórios, em Davos, onde este estava a se tratar de tuberculose, e também para aquele cuidar de uma anemia. No entanto, com o passar dos tempos, Hans dá sinais de que também tem tuberculose, o que estende sua visita ao sanatório, onde se desliga do mundo, do tempo, da carreira, da família, sentindo-se atraído pela doença, pela introspecção e pela morte, ao mesmo tempo em que amadurecem suas idéias sobre diversos pontos, tais quais, a política, filosofia, religião, entre outros.

A obra segue a tendência do romance alemão chamado de Bildungsroman, onde narra-se de forma pormenorizada o desenvolvimento físico, moral, estético e psicológico do personagem desde sua infância (ou adolescência) até a maturidade, diversas personagens do livro são construídos seguindo esta tendência, e representam pensamentos e idéias predominantes na Europa pouco antes da 1ª Guerra Mundial.

Considerada uma das obras primas do romance do século XX, e fator decisivo para que Mann ganhasse o Nobel de Literatura em 1929, "A montanha mágica é, na verdade, o mais completo retrato de uma vida à procura de um sentido que a explique e justifique. Nada existe em si e por si mesmo; o mínimo gesto individual se conjuga a uma infinidade de ações e reações cuja exata medida é o próprio universo humano que o motiva, o recebe e o transforma. A salvação do homem só se faz quando, mesmo (ou sobretudo) frente ao poder da morte, todos os seus atos se condicionam à busca da liberdade."

"O que devo eu então dizer sobre o próprio livro (Montanha Mágica) e ainda por cima, como deve ser lido? O começo é uma exigência muito arrogante, a dizer que se deva lê-lo duas vezes. É claro que essa exigência é retirada imediatamente para o caso de que na primeira vez se tenha ficado entediado. A arte não deve ser nenhum trabalho escolar nem dificuldade, nenhuma ocupação contre coeur, mas sim deve alegrar, entreter e animar e aquele sobre o qual uma obra não exerce esse efeito então este deve deixar a obra de lado e voltar-se para outra. Mas quem chegou uma vez até o final com a “Montanha Mágica” então eu aconselho a lê-la mais uma vez, pois seu feitio particular, seu caráter como composição traz consigo que o prazer do leitor aumentará e se aprofundará da segunda vez, - como se deve já conhecer uma música para poder gozá-la de acordo."

Thomas Mann