"You don’t have to burn books to destroy a culture. Just get people to stop reading them." - Ray Bradbury.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Google, guia-me


Semana passada utilizei pela primeira vez o famigerado Google Maps, foi necessário para encontrar uma determinada assistência técnica (autorizada Philips) para levar meu DVD Player, e como nenhum amigo me sabia informar onde ela ficava, recorri ao Maps.

Primeira reclamação vai pra Philips: sendo uma marca tão conceituada, como credenciar como assistência autorizada uma eletrônica que ninguém sabia sequer onde ficava? Talvez eles considerem que seus clientes nunca terão a necessidade de procurar a assistência, talvez por isso ela disponibilize no Termo de Garantia que acompanha o produto apenas o número do telefone da assistência, nada de nomes ou endereço. Não sei se há uma lei que os obrigue a discriminar o nome/endereço da(s) assistência(s) autorizada(s), e infelizmente a colega que trabalha no Procon aqui não está na sala dela (e dela, reclamo pra quem? :P ).

Prossigamos, não sem antes deixar uma imagem de como é a experiência de se assistir a um DVD num DVD Player da marca.


Um prêmio pra quem adivinhar o nome do filme.

Já que o problema existia, e o produto ainda estava na garantia, resolvi procurar logo a assistência. Entrei em contato por telefone (fui muito bem tratado, por sinal) e me deram seu endereço. Meus amigos, já disse, não souberam me dizer onde ficava, fiz o que todo nerd que se preze faria: fui ver no Maps.

A ferramenta é de fácil utilização, basta clicar em "Como Chegar", inserir os endereços de partida e destino, e escolher se quer visualizar a rota do percurso à pé ou de carro. Foi o que fiz, inseri como endereço de origem o terminal onde desembarcaria - Avenida Brasil, 1380, e como destino, obviamente, o endereço da assistência - Rua Quinze de Novembro, 1935, rota à pé. Este foi o resultado que o Google Maps me apresentou (A: origem, B: destino).


Este é o resultado real, que o Google Maps DEVERIA ter exibido. Eu o consegui alterando a rota manualmente, sem deixar espaços para equívocos, pois a assistência fica uma quadra antes de uma importante avenida da cidade, na rua Quinze de Novembro.


Agora vamos comparar.

Com a rota by Google Maps, levaria 35 minutos para percorrer um trajeto de 2,8km.


A rota correta, percorreria 1,3km em 15 minutos, ou seja, 3km a menos (considerando ida e volta).

Pois bem. O problema maior, é que só constatei o erro ao chegar no local indicado pelo Maps e perceber que ali não havia eletrônica nenhuma, ao contrário, estava no fim do mundo, já tinha atravessado todas as camadas da civilização: o centro bem desenvolvido, a zona comercial, a zona residencial, os condomínios de classe média alta, os bairros mis antigos, com umas casinhas decrépitas porém interessantes, e o mais alarmante, a cerca de arame liso que só indica uma coisa: "Depois daqui, pasto!"Posso dizer que cheguei ao extremo desta grande e limpa capital regional, sim pois, já que a eletrônica não estava no lugar indicado, decidi seguir em frente, para não ter que voltar depois. Foi então que vi a cerca.

Cansado, fodido e mal pago como estava naquele calor dos infa que é Presidente Prudente, uma idéia me passou pela cabeça: se onde me encontrava a numeração das casas estava na ordem da primeira centena e diminuindo conforme eu avançava, a eletrônica (#1935) estava muito, mas muito pra trás.

Fazer o quê? Voltei, e andei. Muito.

Segundo cálculos aproximados e aprofundados na exata proporção em que o trauma da experiência permite, devo ter andado uns 6km além do estritamente necessário. Mas aprendi uma lição importante:

Sabe a tiazinha varrendo a calçada, ou o tiozinho na esquina? Nenhum deles é bilionário, tampouco ambiciona indexar todo o conteúdo do mundo, mas podem te indicar o caminho certo com muito mais competência que o Google.
E o #Maps? No more...

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